sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sou a flor fêmea
Sou efêmera

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Agora você está aí, sozinho e sem ninguém. Mas consegue caminhar, não é? Viu, é mais fácil do que parecia.


Tudo o que você queria era um anjo agora. Um anjo que te proteja disso tudo. Um anjo que caiba inteiro num abraço. Pode ser em forma de pai, de mãe ou de amigo. Ou em forma de música, de cheiro.

Essa sensação parece ser muito, mas é só liberdade. Esquisito, né? “Como pode ser tão bom?” Como você nunca tinha experimentado isso antes? E agora, que experimenta, dá um medo... Essa coisa toda aí na sua frente. Caramba! Caraca!

E se você tivesse desistido de tudo? Alguma coisa seria diferente? Ou tudo é como sempre deveria ter sido? Acenda um cigarro e pare de pensar nisso. Já foi. Apresente-se para o porvir!

Se jogue com toda a vontade e entrega de um homem de verdade. O sofrimento te transforma em grafite, duro e firme. Mas essa grafite é daquelas bem coloridas. Nos muros da cidade, não nas telas das galerias. É mundano, mas é livre assim mesmo. Como a rua, tá sempre ali, como tem espaço na rua!

A juventude está na liberdade! E em como você lida com ela. Todos os dias. Encare de verdade essa imensa possibilidade de escolhas e vá em frente. Todo dia pode ser como você quer que ele seja.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Quando eu era pequena, queria uma casa.
Hoje eu quero um lar.

terça-feira, 25 de maio de 2010

E foi herói.
Morreu assim, querendo ser são.

E foi são.
Morreu herói, querendo ser assim.

E foi assim.
Morreu são, querendo ser herói.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

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É sempre assim o dia de um insone. É sempre assim.


Ardência nos olhos. Dia empurrado e cinza. Pálido de café. Amargo de cansaço. Dia morno de céu encoberto. Dia inteiro e nada certo. Passo arrastado. Rosto inchado. Olheira no semblante. Corpo exausto.

É sempre assim o dia de um louco. É sempre assim.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ausente

Sempre que chego a Petrópolis é assim. Sinto algo de ausente no ar.

Procuro os rituais do achocolatado quente pela manhã e o frio desesperador nos pés. Aquela meia grossa de lã e aquele passeio pelas ruas históricas das mansões. O cheiro do frio e a névoa pela janela.

O pijama listrado de manga cumprida. E a catedral gótica no final da comprida Koeller. Dali, o Palácio de Cristal e um chá da tarde no D´Angelo. Mais famoso do que bom. Os estalos da madeira queimando na lareira. O gosto da brasa na batata assada com manteiga.

O Mirabel no recreio da escola. Os passeios pelos jardins do museu. As risadas nervosas nas conversas com os meninos. As faces sempre rubras, queimadas do frio. Os lábios vermelhos, cortados pelo vento. E a vontade de cochilar num mormaço quentinho. Aquela garoa fina que nem molha o cabelo. Do café queimando a língua.

Busco também a tristeza daquela cidadezinha. Mais pacata do que triste. Vida simples de quem não quer muito. Ou quer pouco mesmo. A falta de laço com a cidade me entristece, mas me dá liberdade.

Procuro e não acho.

Acho que é aquele eu que não existe mais.

quarta-feira, 19 de maio de 2010


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Já me enrosquei em suas pernas e pescoço
Já me aqueci em seus pés e corpo
O meu corpo todo
Você se levanta e vai
Hei de me levantar e ir
Diga-me pra onde
Eu, tonto, devo partir.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Oi!

Oi!

Que bom ver você!

Você tá bem?

Tô e vc?

Também!

Seu cabelo tá lindo!

Ah... obrigada!

Então tá! Tenho que ir!

(Ir para onde? Do que ele tá falando?) Mas por quê? Por que você sempre foge de mim quando me encontra? Sempre tem que ir? Pra onde?

Oi?

É isso mesmo! Por quê?

(Ela não sabe de nada mesmo. Não faz idéia e não entende nada de medo. Ai, meu Deus, como sou louco por ela... Por isso que eu fujo, porra! Será que eu vou ter que verbalizar para você entender? ) Ih, você tá viajando...

(Ahn?) Tô? Mesmo? Então tá... Vai lá...

Beijo!

Tchau!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E para ele que me fez sentir as coisas mais bonitas não tem nada escrito.
Só sentido.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O limão amadureceu
Mas está cada vez mais azedo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Para ler no aeroporto

Queria te mandar esse e-mail desde aquele dia que nos encontramos rapidamente na rua. Já que está cada vez mais difícil te encontrar para conversarmos, tomar um chope, escrevo aqui um pouco. Talvez você leia na solidão de algum aeroporto.


Estou solteira (senti até um tom confessional nessa frase!). É difícil encontrar pessoas que me interessam. E quando me interessam, já são interessadas por outra pessoa, se é que você me entende. Estou malhando, muito, todos os dias. Faz bem para a saúde e me sinto muito bem fazendo isso. Trabalho a disciplina de ir todos os dias. É um compromisso comigo mesma.

Estou fazendo teatro também (não tenho muito talento, mas engano bem!). Adoro, vou todas as vezes feliz da vida subir no palco. Meus domingos são mais felizes depois da aula! Também estou pintando (sou pior ainda!), é bom para relaxar. É uma forma de extravasar algumas coisas aqui de dentro que não saem em palavras, nem em textos nem no palco.

Fotografo (levo jeito!), mas preciso fazer mais vezes e praticar mais. Inclusive, vou fazer um curso de fotografia nas minhas férias. Escrevendo também (roteiros, diálogos, poesias – se você entende, vai achar uma bosta! Do contrário, vai achar ótimo!). Publico sempre no meu blog, que tem poucas visitas. Ainda. Mas, quem sabe um dia, não vira um livro?

Nos fins de semana, saio sempre e faço muita coisa. Curto muito meus sobrinhos, levo ao teatrinho, brinco de pintar, de carro e de Batman. Amo de paixão, cada uma daquelas criaturinhas. Saio bastante, vou ao cinema, teatro e a shows. Vejo muito minhas amigas e amigos, pessoas maravilhosas que ocupam um lugar especial em mim. Na verdade, são uma parte de mim e eu sou parte deles também.

Ainda faço terapia, por mais que você seja contra, acho que preciso. E não quero discutir sobre isso, tá?

Só queria contar um pouco de mim, em busca de um pouco de você.

Fique bem.

Beijos,
Tonia

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A gente não fez muita coisa junta

Mas a gente riu muito junto

sexta-feira, 7 de maio de 2010

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Um sorriso de canto de boca com um meio olhar
Uma risada larga que me faz perder o ar
Uma gargalhada solta que me fez apaixonar

quinta-feira, 6 de maio de 2010

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O calor da sua mão
E o óleo escorregadio
Esquentando meu corpo
Curando minha ânsia

Sua mão quente
Passando pelas minhas costas
Em direção a lombar

Meus olhos fechados
Sentido cada parte da sua mão
Da sua quentura
Mergulhando no meu corpo

Entrego-me para ti

Toda nua num corpo nu
Toda entregue num corpo só

Quero o peso do seu corpo em cima do meu
Quero escorregar com você nesse calor seu

quarta-feira, 5 de maio de 2010

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Chego em casa e procuro enlouquecidamente seu cheiro em mim. Vou cheirando cada parte da minha roupa, mas não encontro. Tiro a roupa e começo a cheirar meu corpo. Começo no braço, sinto um pouco, mas se esvai logo. Quero seu cheiro, pra sempre. Mas ele foge de mim, não está em nenhum lugar, por mais que eu não pare de cheirar. Nos ombros, mãos, cabelos. Seu cheiro é volúvel, vai e volta. Ou é você, que tá brincando comigo. Quero sentir seu perfume, misturado com o meu. Não posso tomar banho até sentir você aqui. Quero guardar você comigo.Você me deixa maluca. Mas eu vou te deixar mais.