terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Belas coisas simples

Belas coisas simples
Pequenas e tão belas
Pouco, mas tanto
Importa e revela
Revela-se em si
Um sorriso mais bonito
à toa
Sem motivo
Naturalmente espontâneo

domingo, 24 de janeiro de 2010

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Por favor, vá embora
Não posso viver essa história
Não quero estar pela metade

Vou acabar amputado
De uma parte do meu coração
Queria que ele ficasse com você
Vê-lo pulsar
No carinho das suas mãos
No calor do teu peito

Por favor, vá embora
Não posso viver essa história
Não quero viver pela metade

Por favor, não vá...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Trilha sonora

De quantas notas
É preciso um romance
E quantos sons
Já murmuraram
E quantas músicas
Dedicaram-se entre si
E quantos si
O fizeram realistas
E quantos dós
Não foram sentidos
E quantos lá
Não quiseram chegar
E quantos sóis
Queriam estar juntos
E quantos rés
Não andaram para trás
E quantas vezes
Já esqueci de mi
Para lembrar só de você.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Precisa-se de uma amiga

Precisa-se
De uma amiga
Que goste de você o quanto você gosta dela
Que esse quanto seja muito.
Que te admire,
Mas que, ao mesmo tempo, te coloque no seu devido lugar.
Que te dê um empurrãozinho
Rumo aos seus sonhos
E que sonhe junto também, sempre.
Que seja sempre ela mesma
E estando onde estiver, esteja sempre comigo.
Uma amiga para se divertir, rir ou chorar
Para te mostrar como a vida vale a pena.
Uma amiga para amar...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sem título

Amor proibido
Amor escondido

Dos pais
Da família
Dos amigos
Dos casos
Dos apaixonados

Mas pior do que isso
Escondido de mim
Que não quero enxergar
O amor que eu sinto.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sem título

Sabe aquela dor de garganta
Que falei outro dia
Que era freqüente quando era apenas uma menina
Tirei as amígdalas, se lembra?
Então, até hoje tenho essa dor com freqüência
Descobri porque:

A boca precisa se movimentar
E emitir sons
As palavras que nem sempre fazem todo sentido
Mas têm sentido falta de serem ouvidas
Precisam ir na onda do som
Flutuar até seu ouvido
Sem ficar presa, entalada na garganta

A dor vem daí
Todas as palavras ficam bem aqui
Dá um nó que inflama
Que não fala, nem reclama
Nem gargarejo, própolis ou gengibre
Que não há remédio melhor
Que gritar

Sabe aquela dor de garganta?
Virou rouquidão.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sem título

O suor que escorria na barriga
Na cena de piscina do maneco
Em plena lagoa
No sol a pino de janeiro
Era na verdade apenas uma lágrima
A lágrima da desilusão
Do amor partido
Da tragédia do que não foi
Apenas passou
Como a borboleta do estômago
Que voou na poça de bile

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Dor de garganta

Uma dor de garganta seca, seguida da febre que aquece no gelo de Petrópolis. Fui até a emergência do hospital mais perto, queria logo um remédio. Aquela dor não poderia suportar mais. A médica disse: “amígdalas muito inflamadas” e me receitou um antibiótico. Meu pai parou na primeira farmácia que viu e foi logo saltando do carro quando lhe disse: “Tirei as amígdalas quando tinha 5 anos.”