segunda-feira, 29 de agosto de 2011



Passei os últimos 20 anos em busca de um herói. Alguém que me inspirasse confiança, a quem eu pudesse entregar minha própria vida. Sem a obrigação e o peso de que ele me salvasse de todo e qualquer mal. Porque queria um herói humano. Um herói que errasse, assumisse seus medos. Que pudesse ser quem ele quisesse. Que fosse só ele. Do jeito que fosse. Do jeito que quisesse. Só pelo fato de ser si próprio.

Um herói com quem me sentiria mais segura com ele do que em qualquer outro lugar. Alguém cujo abraço fosse o lugar mais confortável em que eu pudesse estar. Melhor que o quentinho do útero da mamãe e do aconchego do carinho do meu avô.