domingo, 20 de novembro de 2011

Minha boca já não te encanta mais
E minhas mãos
São apenas um conjunto de dedos tortos
Que dizem muita coisa
Mas nada do que dizem
Faz com que você queira tocá-las de novo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011


Entro na água e morro de frio
Deito no seu colo e sinto seu quentinho!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Luto

Luto
Em guerra fria
Em paz de branco
Esconda a minha arma
Atrás desse charme
E esse sorriso desarma
E derrama esse canto
Sobre mim
Luto
Em preto
Desterro da reza
Um pranto
Em dor de guerra.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Meu silêncio
É minha melhor parte.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dura

Dura
Como a carne de segunda que vai pra panela
Ou o quebra queixo da feira do nordeste
Dura
Como toda mulher deve ser
Sem ser linha dura nem maria mole
Dura
Como a empregada no final do mês
Ou como a colher de pau
Que só serve
Dura
Como na retidão
Ou na solidão
Dura

segunda-feira, 29 de agosto de 2011



Passei os últimos 20 anos em busca de um herói. Alguém que me inspirasse confiança, a quem eu pudesse entregar minha própria vida. Sem a obrigação e o peso de que ele me salvasse de todo e qualquer mal. Porque queria um herói humano. Um herói que errasse, assumisse seus medos. Que pudesse ser quem ele quisesse. Que fosse só ele. Do jeito que fosse. Do jeito que quisesse. Só pelo fato de ser si próprio.

Um herói com quem me sentiria mais segura com ele do que em qualquer outro lugar. Alguém cujo abraço fosse o lugar mais confortável em que eu pudesse estar. Melhor que o quentinho do útero da mamãe e do aconchego do carinho do meu avô.

quinta-feira, 28 de julho de 2011


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A distância entre nós são mares e mares de um beijo infinito no deserto do Saara.

segunda-feira, 25 de julho de 2011



Me abraça, bem forte
Encoste teu peito no meu
Sinto seu coração bater
E cada músculo contrair
Ao me ver
Me abraça, bem forte
Que o meu maior medo
É não sentir essa paz de novo.
Te amo.

terça-feira, 19 de julho de 2011


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Assim não se muda o mundo
O mundo muda mesmo assim.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Chorei. Me lembro da casa, do talco no banheiro, que o vovô tem ate hoje no mesmo pote e esponjinha da Urca. Lembro dos livros de história, do lobo caçador e do sorvete de creme que ela mexia e mexia e mexia para ficar como creminho para eu comer. Ou do macarrão com feijão e carninha moída. Dos cafés da manha no Recreio, que só ela e o vovó estavam acordados. Devia ser muito cedo! Sinto comigo sempre, principalmente quando preciso de um afago. Sinto a vovó, ela me acalma e me faz ir mais além.

sexta-feira, 15 de julho de 2011


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E num pantone de cores
Infinitas em si – todas
Como luz em forma de arco-íris
Num espaço repleto de amores

Tons precisos
Realce de estranhos
Pequenas distâncias
De sutilezas tamanhas

quinta-feira, 14 de julho de 2011


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Quando a terra era nova
E ainda distante
Suas nuvens de prata
No céu, muita água
Os deuses criavam
Uma espécie bem rara
Feita de amor e de alma
E os anjos pensaram
Era o astro dos astros
Aplaudiam de pé
Mandaram-te para cá
Você me abraçou
Suas asas imensas
Era você, por inteiro
Meu anjo caído
Meu amor
Meu lugar

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Se eu fosse um anjo
Você seria minhas asas
Se eu fosse uma formiguinha
Você seria minhas antenas
Se eu fosse atriz
Você seria meu palco
Se eu fosse criança
Você seria minha inocência
Se eu fosse uma fruta
Você seria a polpa e a semente
Se eu fosse a lua
Você seria minha rotação
Se eu fosse fogo
Você seria a faísca
Se eu fosse um planeta
Você seria minha orbita e a forca da gravidade
Se eu fosse melhor
Seria você.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Rosto moça



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Você diz que é sem sentido
Mas eu sinto...
E não é não
Algumas paranóias,
Meus sonhos e histórias
Meu corpo e sentidos
Namorado, esposa e marido
O amor criou um coração
Sem medo
Só com intenção
De estar ao lado dela.

quinta-feira, 7 de julho de 2011



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Nas ruas frias
De uma cidadezinha do interior
O gelo invade a lã
Numa tentativa só
De roubar meu calor de dentro
E bate em vento
Em ferrugem no mar
Só ela na âncora
Só ela no porto – só
Só ela
Minha alma está quente
Chá de hortelã e fresca
Fogo em farol a brilhar
Lá no meio
Lá no meio do mar.

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A pretensão do mundo é o umbigo sujo.

terça-feira, 5 de julho de 2011



Sou um pouco também do que não tive.
Sou um pouco também do que perdi.

segunda-feira, 4 de julho de 2011



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A vida prega peças.
No meu caso, todas se encaixam.

quinta-feira, 30 de junho de 2011



Minhas melhores fotos são suas.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Devaneio


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Sem chave de casa
Não caibo em mim
Só em folhas em branco
Em escritos e rescritos
Em ensaios e poesias
Em forma de verso
Inverso.

terça-feira, 28 de junho de 2011



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Sou um riso
De um beijo seu
Sou um abrigo
De um anjo ateu
Sou um pedaço
Inteiro que nao morreu
Sou corpo e alma
Num presente só teu.

quinta-feira, 19 de maio de 2011


Você é estúpido. Grosso. Você é estranho. Você erra.

Tudo bem. Eu também sou assim.

A gente ri da gente. E do outro também. Dos nossos defeitos. Visíveis e os que tentamos esconder. Você conhece meu pior lado. E me ama mesmo assim.

sexta-feira, 1 de abril de 2011



Eu quero um beijo molhado apaixonado
Eu quero um abraço de corpo e alma
Um agarro um suspiro
Eu quero um cheiro
Um cheiro doce, que eu possa me afogar
Eu quero um encontro o seu jeito
Um sonho imenso
Onde eu possa enfim estar
Eu quero um lar brincar de impar par
Eu quero um homem mulher
Um amante e marido
Eu quero um teatro um cenário
Um dialogo que eu possa te falar
Eu quero cantar em fala, falar o canto
Escrever o pranto eu quero so estar
Eu quero ser sua só sua
Eu quero amar, e ainda mais
Amar amar amar
Eu quero a serra eu quero o mar
Eu quero ser e estar
Eu quero o doce o salgado
O amargo o azedo
Eu quero o terço e a mezuzah
Eu quero voce hoje do jeito que esta
Eu quero amanha e depois
E depois e depois acordar
Eu quero te olhar e sorrir
Cantar e dormir
Sonhar e sentir
Estar só em ti.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011



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E do outro lado
sua voz doce de calma e paz
seu conforto
de poder ser eu mesma
ou tanto faz.
de contar tudo e tanto
sem precisar de mais
seu amor assim
que você me traz.