quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!

Que tenhamos sorrisos cada vez mais destemidos e largos
Que os corações palpitem sempre, é sinal de vida
Que nossos olhos consigam enxergar os pequenos detalhes e a alma das pessoas
Que sejamos felizes, hoje e sempre!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Bem te vi

O olhar surpreso
Revela o susto

O olhar contemplativo
Revela a beleza

O olhar rápido
Revela a pressa

O olhar profundo
Revela a vontade

O olhar azul
Revela-se em si...

... Chico

Sem título

O sorriso dele é uma das coisas mais lindas que já vi. Tão sincero e tão tímido. Seus dentes brilham tanto! É o riso mais arreganhado e mais entregue que já vi. Sem medo de rir de tudo ou de nada mesmo. Só ri. Sorri.

sábado, 5 de dezembro de 2009

A vida e a escola

Escola, novidade.
Material: tesoura, lápis-de-cor, giz-de-cera...
Amiguinhos.
Escola? Brincadeira, diversão.

Desafio: ler, escrever.
Aula, interesse.
Aprendizado, aprendizes.
Desafio? Passou!

Dificuldades, dúvidas.
Tia?! Professora.
Crescimento, amadurecimento.
Responsabilidade.

Dúvida: destino.
Futuro: segundo grau.

Vestibular, faculdade...
Estudar, estudar, estudar...
Profissão, futuro...
Recompensa.

Casamento, filhos.
Meta? Atingida!

Educação, comportamento.
Respeito, fidelidade.
Lealdade, cordialidade.
Amizade, fundamento?
Escola.

Vida...

Escola? Saudade...


* Ganhei algum concurso de poesia com essa daqui em 1998!!!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Usei aparelho por 12 anos

Usei aparelho por 12 anos. O móvel e o fixo. Até fono eu fiz: o aparelho empurrava para um lado e a minha língua para outro. Minha mãe dizia que era por falta de beijo na boca... É... devia ser. Tinha que dormir com aquele pedaço de arame na boca que cospia todas as noites. Para desespero dos meus pais. Era um tratamento caro e eu ainda cospia??? Resolvi acabar com aquela saga de procurar todas as manhãs o aparelho pelos lençóis. Comecei a colar meus lábios com esparadrapo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Tenho orelhas de abano

Tenho orelhas de abano. Vocês podem até não perceber, mas eu tenho. Não operei, minha mãe colava minhas orelhas no meu couro cabeludo com uma fita crepe, quando eu era bebê. Fico imaginando meus cabelinhos finos sendo arrancados junto com a cola da fita... Ainda bem que nem me lembro disso. Mas ela se orgulha em contar. Acho ótimo: jamais entraria numa sala de cirurgia para reparar minhas orelhas.

domingo, 8 de novembro de 2009

Ao leo

Vírus mutante
Droga ilícita
Vicia minha gana
Trancende o real
Me leva contigo?

Constrói nosso lar
Arquiteta minha vida
Me ame muito
Divirta-se comigo!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Para sempre, só sua

Da percepção de outrem

Fala, fala, fala. Não ouve. Quem quer que saibas mais de mim do que eu próprio? Do meu próprio eu?

Do olhar pra si

A dificuldade de ver e de se enxergar. O reflexo do espelho mente e engana a mente. O rosto bonito não quer deixar o olhar ultrapassar.

Da hora da verdade

A dor e o desespero, de cada máscara que cai, de cada resquício que habita ali. O baile não é mais a fantasia, e a vida não é só uma festa.

Da introspecção

Ir no mais profundo e no mais podre de si mesmo. Investigar, futucar. Arrancar a casca e deixar sangrar. Admitir-se.

Da fé em Deus

A crença Nele fortalece as inseguranças. Dá-me ação. Farei em tudo com cada mão. Pensarei também com o coração.

Do feito

Mudar um defeito sem ser perfeito. Medir sem fim, equilibrar-se assim. Para sempre, só sua.

Ode à mulher

Trejeitos de moça
Mão no cabelo
Pescoço à mostra
Rosto iluminado
Contorno do corpo
Vejo
Ao longe
Observo
Contemplo
O sorriso do seu olhar.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Perto Demais

Teu cheiro entranha
Em minha pele
Empesteia meu travesseiro

Tua voz agoniza
Em meu ouvido
Perturba meu sono

Teu jeito apresenta-se
Em meu olhar
Aparece em meus trejeitos

Teu corpo fala
Em meus pensamentos
Sacode meu corpo

Tu és tu
Em minha vida
Ativa contigo

Tua presença se esvaie
Em meu dia-a-dia
Por que o amor não basta?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ensaio sobre a ironia

O gosto da solidão
O só, o sol, o dó
Sintonia de uma ânsia tranqüila
Requinte secreto
Eco da saudade
Desprovido de gozo
Permitido ao instinto

Em saio
Inacessível e simples.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pra trás

A carta que não mandei
O filme que a gente não viu
O quadro que eu não pintei
A imagem ficou em mim

A viagem que não completou
E aquela que agente não fez
As comidas que eu não provei
Os beijos que não te dei

O passeio de domingo
E as fotos que não tirei
As tintas estavam aqui
Mas apagaram os planos de vez

As palavras que não falei
Guardei só aqui
Não lembro mais de nada
Só que senti assim

Mas já foi e ficou...

Tudo o que você quis
Tava aqui guardado em mim
Só não quero perder assim
Seu gosto ainda está aqui

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Menino

O olhar triste de um menino
A boca seca de nervoso
A garganta dolorida de tanto segurar o choro

A vontade de fugir
Correr sem parar
Se encontrar com a liberdade
E enfim,
Sorrir com o olhar.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sem título

O corpo arde por dentro
Debruço-me em ti
Beijo-te a boca, o pescoço
Arranho-me na sua barba
Puxo seu cabelo
Enrosco-me em seu peito
Sinto seus pêlos
Desço por eles
Chego ali
E seguro firme
Você vibra, geme, teme
E sente a força do prazer
Chego aos seus pés
E imploro aos pés da cama
Por ti.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Descrente

Já acreditei que poderia ser a falta de tempo
Hoje, acredito que o tempo é a gente que faz

Já acreditei que poderia ser o momento
Hoje, acredito que quem faz os momentos somos nós

Já acreditei que poderia ser o medo
Hoje, acredito que adultos podem controlar seus próprios medos

Já acreditei que poderia ser a falta de diálogo
Hoje, acredito que nem mais se tem o que dizer

Já acreditei até que fosse amor
Hoje, nem acredito mais...

Não Dito

Tô indo
Mas já?
É... já...
Por quê?
Já deu!
Fica mais...
Não consigo.
Te entendo...
Eu sei...
Me desculpa?
É difícil...
Por favor!
Pára, pára!
Quer café?
Não, obrigado!
Um pouco...
Tá bom...
Vc fica?
Não, mesmo!
Já entendi...
Acabou, acabou.
Uma pena...
É isso!
Então, tá!
Bom... tchau!
Se cuida!
Não ferra!
Te amo!
Um beijo...

Sem título

Um choro engasgado
Um abraço apertado
Um olhar de confiança
Uma ligação inesperada
Um ombro amigo
Uma música reflexiva
Um texto descompromissado.

Tchau...

Confio na sua mente inquieta
E na sua disposição de refletir
Confio na avaliação
De seus erros e acertos
Confio na sua vontade
E na sinceridade que lhe é inerente
Confio na sua verdade
E também nos olhos de outrem
Confio em você
Confia em você
Mas você deve desconfiar

Você deve desconfiar do combate
Da força de cada lado
Do coração e da mente
Pelo qual ainda não me decidi
Não adultere os sentimentos
Ame mais seu futuro do que os dias correntes
Esqueça o padrão do Carpe Diem
Livre-se do peso da repetição
Permita a oportunidade
Esqueça o consolo

Pesam-me as perdas da gente
Dessa relação tão amorosa, tão bonita, tão gostosa
Perdas essas que nem ainda são lúcidas
Mas perdas sempre haverão

Que as experiências nâo sejam vâs
Quanto mais fundo se vai
Mais longe se quer ficar
Abra essa trava
Liberte-se do vício
Impressione-se com a expressão
Abuse!

Hoje, gozo a delícia do desistir
Hoje, desejo outro
Durmo com outro
Dou para outro
Penso em outro
E até amo outro.