sábado, 9 de janeiro de 2010

Sem título

Sabe aquela dor de garganta
Que falei outro dia
Que era freqüente quando era apenas uma menina
Tirei as amígdalas, se lembra?
Então, até hoje tenho essa dor com freqüência
Descobri porque:

A boca precisa se movimentar
E emitir sons
As palavras que nem sempre fazem todo sentido
Mas têm sentido falta de serem ouvidas
Precisam ir na onda do som
Flutuar até seu ouvido
Sem ficar presa, entalada na garganta

A dor vem daí
Todas as palavras ficam bem aqui
Dá um nó que inflama
Que não fala, nem reclama
Nem gargarejo, própolis ou gengibre
Que não há remédio melhor
Que gritar

Sabe aquela dor de garganta?
Virou rouquidão.

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